terça-feira, 20 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

O Cotidiano da Escola

Conto selecionada para participar do Conmcurso de Contos do Projeto Época na Educação
Estado do Rio de Janeiro
PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO BONITO
Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Espaço Municipal de Ensino Supletivo – EMES



Rio Bonito, 15 de setembro de 2011
Carlos Henrique Manhães Teixeira.


O cotidiano da escola

Hoje, passei por momentos de saudosismo da minha vida estudantil. Pois aos quarenta e seis anos de idade, com pinta de professor em fase de aposentadoria, estou cursando com muito orgulho o terceiro ano do ensino sup... [ ] ...deu um nó na garganta... Como ia dizendo: terceiro ano do ensino supletivo. O ensino supletivo está me causando certa estranheza e aproveito a ocasião para compartilhar as minhas alegrias e frustrações de aluno, a você amigo leitor que já perdeu alguns segundos do seu precioso tempo.
O ensino supletivo por módulos é diferente de tudo que eu já vivi na minha extensa carreira acadêmica, pois utiliza a metodologia do aluno é quem escolhe tudo. Confesso que estou me sentindo um peixe fora d’água, pois é muita responsabilidade poder escolher o dia em que eu vou ter aula, escolher o dia em que eu vou fazer a prova, escolher até a prova que eu queira fazer. Estou pisando em ovos, pois eu nunca imaginei como aluno não poder matar uma aulinha, não poder elaborar uma desculpa esfarrapada para justificar a falta no teste ou poder colocar um apelido no CDF da turma, simplesmente porque não existe uma turma; o que existe são duas cadeiras, uma mesa, o professor e eu.
Pra desestressar, resolvi olhar uma foto quando estava cursando a segunda série primária... Quanto tempo se passou e parece que foi ontem! Essa foto é do tempo em que o kichute era o tênis da moda. O kichute foi o tênis mais versátil que já conheci; ele era tanto esportivo, quanto social; dependendo da forma em que fosse amarrado; podendo ser na canela ou enrolado na sola. A tal foto levou meus olhos as lágrimas, pois lá estava eu fazendo pose para a tradicional foto escolar. Uma mão sobre a outra, carinha de menino comportado sentadinho atrás de uma mesinha de escritório decorada com uma bandeirinha do Brasil e com um telefone branco, o qual até hoje não sei o porquê dele ali. Minto! O meu irmão mais velho tirou uma foto igual, mas resolveu tirar uma onda (de manezinho), fazendo pose de importante, simulando falar com alguém do outro lado. Como miséria pouca é bobagem, nossa mãe fazia questão de mostrar para todo mundo a tal foto e comentar: “ele está dizendo alô”.
Aproveitando essa terapia, quero confessar um pecado capital que eu possuía: eu morria de inveja dos vizinhos que estudavam em colégio particular; não pela rotina aplicada, mas pelos uniformes maneiros. Short cor vinho e camiseta com uma logomarca estampada, que coisa inesquecível; enquanto a minha camisa tinha um humilde bordadinho feito pela minha mãe, com duas letrinhas; mas havia um diferencial: a esperança de poder ter as divisas colocadas na manga da tal camisa, fazendo parecer um soldado. Ah, tem mais! Eu tirava a maior onda com eles quando falava dos sanduíches que levava para merendar: pão com banana, pão com ovo frito, pão com mariola e para fechar com chave de ouro este banquete precursor do Mc Donald: o famoso pão com língua. Era quando os recheios acabavam e ia pão puro mesmo.
A famosa hora do recreio é uma hora sagrada e tremendamente feliz. Algumas vezes, quando pintava um dinheirinho, eu comprava o famoso pastel de queijo da dona Naná; o qual eu dava uma mordida para sair o bafo quente de dentro e colocava o olhão para contemplar o recheio o qual não tenho lembrança de tê-lo visto algum dia. Mas isso não vem ao caso, pois o que realmente importa era estar no recreio e enfrentar a tal fila; mesmo que demorasse tanto para ser atendido ao ponto de não ter tempo para a degustação.
Outra coisa muito comum a qualquer aluno é alguma marca deixada por uma professora especial. Veio nitidamente a minha mente a figura da dona Íris, a minha professora de bigodes (aprendi mais tarde que é buço), que tinha uma cara de marrenta, mas era legal e mesmo afirmando estar em forma, eu deduzia que ela pesava uns cem quilos. A dona Íris me espremeu como se eu fosse uma banana, pois resolveu tentar passar comigo na porta estreita da sala de aula. Tudo por um medo de uns marimbondos que eu derrubara do pé de ingá.
A imagem mais linda que todo aluno carrega é da primeira namorada da escola; a minha chamava-se Bianca, uma menina linda de Maria Chiquinha e que até hoje nunca soube desse nosso namoro.








Rua: XV de Novembro, 210 – Centro Rio Bonito/RJ e-mail: emesrb@yahoo.com.br

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Concurso de Crônica Projeto Época na Educação

Concurso de Crônica Projeto Época na Educação.
Tema:"O Cotidiano Escolar"
Prazo de ENTREGA 15/09/11
Regulamentos

- A crônica pode ter até duas folhas de 25 linhas cada uma;

- A narrativa deve prender o interesse do leitor e estar NO TEMA:”

O cotidiano da escola”

- O autor deve usar frases curtas e clareza nas idéias e estruturação de frases compreensíveis;

- Deve ter capítulos e/ou parágrafos curtos;

- Deve apresentar uma trama/enredo/tema ou estilo,estilo original

- Se possível,o autor deve usar ironia,humor e graça.

Data de entrega: 15/09/2011(quinta-feira,sem falta)
O CONTO

Já o conto, universalmente admirado, versa sobre os mais variados assuntos, de tal forma que, tecnicamente, os contos são classificados por tipo: "Contos Policiais", "Contos de Fadas", "Ficção", "Contos Infantis", etc.

Conto é a designação que damos à forma narrativa de menor extensão e que se diferencia do romance e da novela não só pelo seu tamanho, mas também por possuir características estruturais próprias.

Possui os mesmos componentes do romance, mas evita análises, complicações do enredo, e o tempo e o espaço são muito bem delimitados. O conto é um só drama, um só conflito, uma única ação. Tudo gira em torno do conflito dramático. A montagem do conto está em volta de uma só idéia, uma imagem ou vida, desprezando-se os acessórios. “O conto é uma narrativa linear, que não se aprofunda no estudo da psicologia das personagens nem nas motivações de suas ações. Ao contrário, procura explicar aquela psicologia e essas motivações pela conduta das próprias personagens” (R. Magalhães Júnior). “O conto é uma narrativa breve; desenrolando um só incidente predominante e um só personagem principal, contém um só assunto cujos detalhes são tão comprimidos e o conjunto do tratamento tão organizado, que produzem uma só impressão”. (J. Berg Esenwein citado por Nádia Battella Gotlib).

Mas será isso mesmo? Ou tais normas são flexíveis? Bernardo Élis, por exemplo, às vezes é muito descritivo; além disso, conta outras histórias dentro do mesmo conto, dividindo-o em mais de um núcleo, usa flashback etc. Outro “pecado” seu é narrar um conto como se fosse um romance (leia-se “O padre e um sujeitinho metido a rabequista” in Veranico de Janeiro). Mesmo “conspirando” contra tais normas, Bernardo Élis não deixa de ser um clássico, muito pelo contrário. “O romance procura representar o mundo como um todo: persegue a espinha dorsal e o conjunto da sociedade. O conto é a representação de uma pequena parte desse conjunto. Mas não de qualquer parte, e sim aquela especial de que se pode tirar algum sentido (alguma lição, se preferir), seja ele positivo ou negativo, não importa.” (“Murmúrios no espelho”, Flávio Aguiar in Contos, Machado de Assis). Parodiando Machado de Assis: o conto é tudo isso, sem ser bem isso.

Exemplos de Contos Ele acordou e foi até o quartinho do fundo, travar sua luta matinal com a tábua de passar. Entrou no box do banheiro, considerou tirar os cabelos que se acumulavam no ralo, desistiu. Saiu do banho acendendo um cigarro, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar apenas uma volta na chave. A fechadura estava quebrada há mais de um mês e emperrava se desse duas voltas. No caminho do ponto de ônibus, passou naquele boteco que se dizia uma padaria. Tomou café e seguiu para o trabalho. Passou a manhã resolvendo um problema nas contas do escritório, que se recusavam a bater com as notas fiscais. Depois do almoço, acompanhou o seu chefe na reunião com a empresa que tentavam conseguir como cliente. No final da tarde, se dedicou à contabilidade de um dos clientes mais antigos. Saiu às 7, foi para o ponto e esperou por quarenta minutos. Chegou em casa já eram mais de 8 da noite. Cansado, esquentou uma lasanha no microondas. Comeu, tomou um banho rápido e adormeceu assistindo TV.

Acordou atrasado e foi passar roupa. Entrou no box, pensou de novo em tirar os cabelos do ralo, mas estava atrasado. Saiu do banho, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar apenas uma volta na chave. No caminho do ponto de ônibus, passou no boteco, engoliu o café e seguiu para o trabalho. De manhã, as contas ainda não batiam. Depois do almoço com o chefe, nova reunião com aquela empresa. No final da tarde, as contas se acumulavam. Saiu às 8, perdeu o ônibus, chegou as 10. Tomou um banho rápido e foi dormir com fome.

Perdeu a hora e correu para o banho. Os cabelos ainda estavam no ralo. Vestiu a roupa sem passar e saiu de casa. Foi direto para o ponto. Seu chefe veio perguntar porque as contas não batiam. Almoçou na mesa de trabalho. Passou a tarde em reuniões. Saiu correndo às 8, pegou o ônibus e chegou em casa às 9. Levou mais de uma hora tentando abrir a porta. Comeu o resto da lasanha e dormiu sem banho.

Acordou, vestiu a roupa e saiu de casa. Uma volta na chave. O chefe estava esperando na sua mesa. Disse que as contas tinham que bater hoje de qualquer jeito. Saiu às 10. Chegou em casa e foi para o banheiro. Os cabelos ainda estavam no box.

Acordou, saiu de casa, uma volta, as contas estavam erradas, almoço na mesa, reunião, o chefe esperando na saída, amanhã é a última chance, chegou às 8, tomou banho, os cabelos ali no ralo e foi dormir.

Acordou, saiu, a volta, as contas, o almoço, a reunião, o chefe, a demissão, chegou, foi ao box, olhou para o ralo e tirou os cabelos que se amontoavam ali.


---FELIZ ANIVERSÁRIO

Nunca se casou e quando percebeu o erro era tarde demais. Sem herdeiros, sem nada para deixar sua marca no mundo, se recusava a morrer. Era rico. Todo o seu tempo era dedicado ao trabalho. E com o dinheiro conseguiu prolongar a sua estadia.

Começou clonando seus órgãos vitais. Coração, pulmões, fígado, rins, crescia os órgãos em um laboratório e quando precisava deles, fazia transplantes sem risco de rejeição. Intestinos, estômago, pâncreas, olhos, a cada ano a tecnologia avançava e ele continuava vivo para assistir. Pele, músculos, cabelo, dentes, caminhava lentamente com seus ossos quebradiços de ancião.

Com dois séculos de idade, começou a crescer um novo corpo, porém acéfalo. Quando transportou seu cérebro para a nova morada, começou a cultivar outro. Manteve o ciclo de trocas. Vinte, trinta, quarenta, vinte, trinta, quarenta, sempre, sem nunca visitar a meia idade.

Apesar de ser a única parte que nunca havia sido trocada, a sua mente não continuava a mesma. Esquecia. Não lembrava mais da sensação de descoberta. O primeiro beijo, a primeira viagem, a primeira festa, vivia revisitando situações familiares sem conseguir se lembrar de porque as eram. Os seus pais, seu nome, a cidade onde nasceu, a cada dez anos que vivia, perdia um que tinha vivido. Logo não sobraria mais nada, nem mesmo o motivo de querer viver assim.
OP professora Fernanda Leite

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cidade de Deus - As Melhores Cenas do Filme

Trabalho de História – Projeto Justiça, Cidadania e Saúde

Trabalho de História – Projeto Justiça, Cidadania e Saúde
Filme: Cidade de deus

1- O filme retrata uma realidade muito triste e violenta de comunidades do Rio de Janeiro. Com certeza não é o melhor lugar para educar uma criança ou um adolescente. Identifique quatro pontos negativos apresentados no filme para a vida e formação de uma criança.
2- Como é possível mudar esta realidade de violência? Use a imaginação para propor uma ação que leve educação e valores as crianças e adolescentes que vivem nesta realidade de violência.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

PROJETO: “Todos pelo ECA”

EMES – ESPAÇO MUNICIPAL DE ENSINO SUPLETIVO
PROFESSORA: LENYSE MELLO
PROJETO: “Todos pelo ECA”


 Justificativa: O Projeto “Todos pelo ECA” é parte integrante do Projeto Justiça, Cidadania e Saúde, e surgiu da necessidade de levar ao conhecimento de jovens e adolescentes, incluindo os da própria escola, os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como informar-lhes da sua importância e propósito.


 Objetivos: ► Apurar dentre jovens e adolescentes dos 12 aos 18 anos de idade, dados que justifiquem, mesmo que só de ouvirem falar, o conhecimento ou não do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Conselho Tutelar;

► Conhecer e conscientizar jovens e adolescentes dos direitos previstos no Estatuto, bem como os da sua finalidade, emprego e penalidades.

→ Público – Alvo: Alunos do EMES, matriculados na 3ª e 4ª Séries (4º e 5º Anos) do 1º Segmento do Ensino Fundamental, bem como toda a comunidade envolvida.

→ Tempo de Duração: Um (01) bimestre.

→ Desenvolvimento: Todo o projeto terá como produto final, um informativo (InformatECA), contendo entrevistas, depoimentos, fotos, reportagens, textos, mensagens, músicas, poesias e entretenimento, todos pesquisados e elaborados pelos próprios alunos. Estes serão divididos em subgrupos e terão como pesquisas os seguintes temas:

ˠ Trabalho Infantil

1. O que é trabalho infantil?
2. O que é um aprendiz
3. O que devo fazer quando vejo uma criança trabalhando?
4. Como o Conselho Tutelar procede após receber uma denúncia de trabalho infantil?
5. O que acontece quando é uma empresa que emprega mão de obra infantil?
6. O que são e quais são as piores formas de trabalho infantil?

ˠ Conselhos Tutelares

1. O que é o Conselho Tutelar?
2. Quantos Conselhos Tutelares uma cidade deve ter?
3. O que faz um conselheiro tutelar?
4. Qualquer um pode ser um conselheiro tutelar?
5. Qual é o tempo de mandato?

ˠ Adolescentes em conflito com a lei

1. O que é o ato infracional?
2. O que é medida socioeducativa?
3. Quais os tipos de medidas socioeducativas?
4. O que é liberdade assistida?
5. O que é advertência?
6. O que é internação?
7. O que é semiliberdade?
8. O que é o Sinase?
ˠ Estatuto da Criança e do Adolescente

1. O que é o ECA?
2. Segundo o ECA, qual a idade de uma criança e de um adolescente?
3. O ECA é somente para crianças pobres?
4. Quais são os direitos garantidos pelo ECA?

Será elaborado, ainda no decorrer dos encontros, um painel com o título: “Prostituição Infantil. Você pode mudar essa história.” Trata-se de uma cena em que conclui-se que seja pela Educação e/ou a Educação pode transformar a vida de uma criança, onde esta pode ser retirada das ruas e inserida numa escola. Serão distribuídas papeletas para que os presentes à culminância escrevam o que pensam sobre o assunto em questão;

Na culminância contaremos com a parceria de alunos do Curso Normal do C.M.E.M. Dr. Márcio Duílio Pinto, apresentando uma pequena encenação cujo o tema central é o da relação família – escola - conselho tutelar.Uma menina é criada pela irmã mais velha, cujos pais morreram num acidente. A menina que é rotulada como rebelde, causa sérios problemas à sua irmã, que por sua vez perde várias chances de emprego, já que é uma das exigências previstas pelo Conselho Tutelar para garantir-lhe a guarda.




Lenyse Mello
Professora dos 4º/5º Anos