segunda-feira, 27 de junho de 2011

Protesto da Professora Vanessa Storrer

RESPOSTA À REVISTA VEJA
Leiam a referida reportagem que saiu na revista Veja e gerou o protesto da professora relatado abaixo:

link revista veja http://veja.abril.com.br/230610/aula-cronometrada-p-122.shtml

Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria.

Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.

Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.

E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade.

Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.

Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata.

Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!! Somos politizados, somos cultos, não precisamos fechar escolas, fazer greves, vamos apresentar um projeto de Lei que nos ampare e valorize a profissão.
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

Eu amo tudo o que foi, tudo o que já não é
A dor que já não me dói, a antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou, o que deixou alegria só porque foi e voou
e hoje é já outro dia.
Fernando Pessoa

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A violência Chega ao Interior.

Disciplina Sociologia
Professora Rosana Carvalho

Quem será o próximo?
Por Flávio Azevedo

“Quer saber? Danem-se as regras do jornalismo, que dizem que o jornalista não pode fazer uma matéria opinativa. Pensando assim, formulamos algumas perguntas para a nossa reflexão:

Até quando nós continuaremos expostos a violência em Rio Bonito?

Até quando a nossa cidade, que teria cerca de 55 mil habitantes, continuará contando
com um efetivo de seis policiais militares?

Até quando vamos ficar pensando que a criação do cargo de Agente de Trânsito resolverá os nossos problemas?

Até quando nos conformaremos com a inércia do poder público em todas as suas esferas de poder?

Até quando a prerrogativa do mandato continuará sendo utilizada para “aliviar” a barra de veículos irregulares?

Até quando vamos achar natural, pequenas ilegalidades, só porque nos convém?

Uma rápida retrospectiva no noticiário riobonitense mostra que, além das diárias ‘saidinhas de banco’, crimes importantes não foram esclarecidos nos últimos anos.

Em 2006, por exemplo, no dia 1º de agosto, o prefeito José Luiz Antunes sofreu um atentado enquanto almoçava num restaurante da cidade, e... Nada foi feito! Prenderam uns ladrões de galinha. Mas... E o mandante?

Em 2008, num dia 24 de julho, a empregada doméstica Marivanda Oliveira levou um tiro na cabeça, também por conta de uma “saidinha de banco”. Ela havia acabado de sacar R$ 4,6 mil numa agência bancária, e... Nada foi feito.

Na última segunda-feira (23), o empresário Carlos Américo de Azevedo Branco, de 45 anos, foi assassinado quando saia de uma agência bancária, por volta das 13h. A suspeita é que ele tenha sido vítima do crime da moda: a “saidinha de banco”.

Diante desse quadro, parte da sociedade civil organizada reagiu e organizou uma manifestação que contou com a participação de 400 pessoas. O objetivo do movimento foi cobrar das autoridades mais segurança e aumento do efetivo policial. A passeata partiu do Posto Luanda, às 18h, percorreu as principais ruas da cidade e encerrou em frente a academia do saudoso Américo, que foi aplaudido pelos manifestantes em vários momentos durante a passeata.

Concluída a manifestação, acompanhado do comandante da 3ª CIA da PM, Cap. Odair Vianna, o comandante do 35º BPM, Ten. Cel. César Augusto Tanner de Lima Alves, teve um rápido encontro com os idealizadores da passeata. Em suas explicações, até muito razoáveis, o coronel tentou justificar o injustificável, e trouxe à tona, conceitos e reflexões que já são sabidos, já foram exaustivamente abordados em inúmeras reuniões, mas a alta cúpula da polícia e, sobretudo da Justiça Fluminense, não quer assumir, aceitar e/ou tentar resolver.

Vale ressaltar que a solução desses problemas transcende ao 35º BPM, que atende a população na medida do possível – em alguns momentos são heróis. Entretanto, acreditamos que a falta de vontade política em nossa cidade seja mais grave que a falta de policiais militares.

Sugestão às autoridades: que tal transformar aquele teatro político, apresentado por ocasião da inauguração da Delegacia Legal, em realidade? Rio Bonito agradeceria!”
Texto do Jornalista Flávio Azevedo

Com base no texto do Jornalista Flávio Azevedo, fazer um texto sobre a violência em Rio Bonito.



A violência Chega ao Interior.
Quando pensamos em interior, geralmente pensamos num lugar tranquilo, pacato, bom para se morar.
E quando víamos pela TV as grandes cidades como São Paulo, o Rio de Janeiro o crime e a violência para todos os lados. Tudo isso parecia bem distante.
Quando paramos para assistir a retomada do Complexo do Alemão, parecia que assistíamos a um filme. Policiais correndo, marginais,uau!...
Alguns já anunciavam, e não eram profetas!, que o progresso, a Petroquímica, trariam os efeitos colaterais para o interior, mas parecia distante.
Até que no dia 23 de maio, a cidade de Rio Bonito, parava e testemunhava que a violência já se encontrava no interior.
E agora!O que fazer?Estamos despreparados, a cidade já não é mais a mesma. Movimentos, marchas nas ruas, e agora, poucos policiais, etc,etc.
Sem nos esquecer também do ato cruel, na Escola de Realengo, que triste!
Bom a vida tem que continuar, nos prepara e saber que já fomos avisados. A violência está a porta.

Aluno Marcelo A.Mollica -matrícula M1912/11

Leitura de Imagem-Capa da Revista Época



Disciplina:Sociologia
Professora:Rosana Carvalho

Imagem:Capa da Revista Época número 682 de 13/06/2011



Baixo o peso do tremendo elefante
Quando pensamos num elefante, imaginamos algo realmente grande e volumoso.
Quando esse elefante é o governo que nos oprime com suas pesadas cargas tributárias, com a desigualdade social que só oprime as classes baixas da sociedade brasileira. Um País com tributos altíssimos e salários bem baixos.
Quando ligamos a televisão e vemos senadores,deputados chamando-se de Vossa Excelência, e por outro lado esses autodenominados excelentes, com processos nas costas, que nunca dão em nada.
Excelentes são as donas de casa, que fazem verdadeiros milagres para levar a casa a frente.
Excelentes são os professores que apesar dos salários ridículos e a violência que assola , continuam a dar aula.
Teríamos inúmeros qualificativos para dar a essa realidade, em que esse elefante branco(governo) que oprime os mais frágeis.
Mais assim como “Davi derrotou Golias”, assim também o Povo Brasileiro passará por tudo isso, com fé e alegria características de uma tradição que não se apaga facilmente. BRASIL!
Aluno Marcelo A. Mollica
Matrícula:M1912/11

Até quando?....
Esta imagem do elefante, com o seu enorme tamanho massacrando esta pessoa,nos leva a refletir sobre o governo do nosso país.
Nos sentimos assim, pequeninos e massacrados,diante do governo.
Há cobranças de impostos pra tudo, habitação, alimentação,vestuário, às vezes não temos noção do quanto pagamos de impostos.
E quando reclamamos por um melhor atendimento na área da saúde, em um serviço público, somos tratados com descaso como se não tivéssemos direito à nada. Outro dia, estava assistindo na televisão uma reportagem sobre educação salário de professores que não é dos melhores muitas vezes enfrentam duas jornadas de trabalho.
E eu me pergunto até quando seremos massacrados?

Aluna: Celma Rangel Ferreira
Matrícula M1423/09

terça-feira, 21 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Aniversário de aluno comemorado no EMES





Aluno faz questão de comemorar seu aniversário e a conclusão do Ensino Médio, com professores, funcionário e colegas no EMES.Emociona os presentes com depoimento e agradecimento pela acolhida, pelo incentivo e o carinho que sempre recebeu na escola.A família EMES agradece e parabeniza o nosso querido aluno.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Avaliação

Avaliação

Reunião Pedagógica realizada no EMES, no dia 08 de junho de 2011.
Professores Dinamizadores:Lenyse Melo,Núbia Pereira da Silva,Rosana Carvalho Silveira,Tania Nazareth Porto Pereira e Tanely Nazareth R.P França
Público presente:Professores, aluno e representante de mãe.
Total de participantes:34
I-Quadro das Semelhanças e Diferenças na Educação de Jovens e Adultos e Ensino Regular.
II-Depoimento do Aluno Fernando Oliveira sobre sua pontuação no ENEM 2010.
III-Registro do "Caminhar de Fernando"
IV-Vídeo "Avaliação Continua".
V-Colar "Elos da Cidadania".
VI-Caixinha "Época de...."

Texto apresentado para reflexão
Avaliar para ensinar melhor
Da análise diária dos alunos surgem maneiras de fazer com que todos aprendam
Quem procura um médico está em busca de pelo menos duas coisas, um diagnóstico e um remédio para seus males. Imagine sair do consultório segurando nas mãos, em vez da receita, um boletim. Estado geral de saúde nota 6, e ponto final. Doente nenhum se contentaria com isso. E os alunos que recebem apenas uma nota no final de um bimestre, será que não se sentem igualmente insatisfeitos? Se a escola existe para ensinar, de que vale uma avaliação que só confirma "a doença", sem identificá-la ou mostrar sua cura?
Assim como o médico, que ouve o relato de sintomas, examina o doente e analisa radiografias, você também tem à disposição diversos recursos que podem ajudar a diagnosticar problemas de sua turma. É preciso, no entanto, prescrever o remédio. "A avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para a melhor aprendizagem", afirma a consultora Jussara Hoffmann.

Ênfase no aprender
Não é de hoje que existe esse modelo de avaliação formativa. A diferença é que ele é visto como o melhor caminho para garantir a evolução de todos os alunos, uma espécie de passo à frente em relação à avaliação conhecida como somativa.

Para muitos professores, antes valia o ensinar. Hoje a ênfase está no aprender. Isso significa uma mudança em quase todos os níveis educacionais: currículo, gestão escolar, organização da sala de aula, tipos de atividade e, claro, o próprio jeito de avaliar a turma.
O professor deixa de ser aquele que passa as informações para virar quem, numa parceria com crianças e adolescentes, prepara todos para que elaborem seu conhecimento. Em vez de despejar conteúdos em frente à classe, ele agora pauta seu trabalho no jeito de fazer a garotada desenvolver formas de aplicar esse conhecimento no dia-a-dia.

Na prática, um exemplo de mudança é o seguinte: a média bimestral é enriquecida com os pareceres. Em lugar de apenas provas, o professor utiliza a observação diária e multidimensional e instrumentos variados, escolhidos de acordo com cada objetivo.

A avaliação formativa não tem como pressuposto a punição ou premiação. Ela prevê que os estudantes possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Por isso, o professor diversifica as formas de agrupamento da turma.
Conhecer o aluno
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em 1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados obtidos pelos estudantes ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados que a nota da prova final.

"Essa nova forma de avaliar põe em questão não apenas um projeto educacional, mas uma mudança social", afirma Sandra Maria Zákia Lian Sousa, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. "A mudança não é apenas técnica, mas também política." Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de sociedade pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender.

Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial conhecer cada aluno e suas necessidades. Assim o professor poderá pensar em caminhos para que todos alcancem os objetivos. O importante, diz Janssen Felipe da Silva, pesquisador da Universidade Federal de Pernambuco, não é identificar problemas de aprendizagem, mas necessidades.
Teoria
Quando a LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem (o desempenho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas numa prova ou num trabalho), usa outras palavras para expressar o que o jargão pedagógico convencionou chamar de avaliação formativa. O primeiro a usar essa expressão foi o americano Michael Scriven, em seu livro Medotologia da Avaliação, publicado em 1967. Segundo ele, só com observação sistemática o educador consegue aprimorar as atividades de classe e garantir que todos aprendam.

Muitos vêem a avaliação formativa como uma "oposição" à avaliação tradicional, também conhecida como somativa ou classificatória. Esta se caracteriza por ser realizada geralmente ao final de um programa, com o único objetivo de definir uma nota ou estabelecer um conceito — ou seja, dizer se os estudantes aprenderam ou não e ordená-los. Na verdade as duas não são opostas mas servem para diferentes fins. A avaliação somativa é o melhor jeito de listar os alunos pela quantidade de conhecimentos que eles dominam — como no caso do vestibular ou de outros concursos. A formativa é muito mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula.
O aluno como parceiro
Se seu objetivo é fazer com que todos aprendam, uma das primeiras providências é sempre informar o que vai ser visto em aula e o porquê de estudar aquilo. Isso é parte do famoso contrato pedagógico ou didático, aquele acordo que deve ser estabelecido logo no início das aulas entre estudantes e professor com normas de conduta na sala de aula.

A criança deve saber sempre onde está e o que fazer para avançar. Assim, fica mais fácil se envolver na aprendizagem. E dá para fazer isso até na pré-escola, desde que a maneira de dizer seja adequada à idade e ao nível de desenvolvimento da turma.

Quando o educador discute com os estudantes os objetivos de uma atividade ou unidade de ensino, dá meios para que eles acompanhem o próprio desenvolvimento.

E isso pode ser feito por meio da auto-avaliação (leia o texto ao lado). "Se o professor quer que os alunos se avaliem, deve explicitar por que e para que fazer isso. Ele precisa perceber como essa prática ajuda a direcionar todo o processo de aprendizagem", diz Janssen Felipe da Silva.

As conclusões da auto-avaliação podem servir tanto para suscitar ações individuais como para redefinir os rumos de um projeto para a classe como um todo. Esse processo pode ir além da análise do domínio de conteúdos e conceitos e mostrar como está a relação entre os colegas e com o professor.

A melhor maneira de pô-la em prática, na opinião de Janssen, é dizer à turma em que aspecto cada um deve se auto-avaliar. Uma lista de pontos trabalhados em sala pode ser apresentada aos alunos para que eles digam como se desenvolveram em relação a cada item.

Durante o processo de auto-avaliação, é importante que todos possam expor sua análise, discutir com o professor e os colegas, relatar suas dificuldades e aquilo que não aprenderam. "Nada garante que o olhar de uma criança vá ser igual ao do colega ou do professor", explica Sandra Maria Zákia Lian Sousa.

Além de ser mais um instrumento para melhorar o trabalho docente, a auto-avaliação é uma maneira de promover a autonomia de crianças e dos adolescentes. Para que isso realmente aconteça, o processo necessita ser democrático. "O aluno deve dizer sem medo de ser punido o que sabe e o que não sabe. Se ele percebe que não há punição nem exclusão, mas um processo de melhoria, vai pedir para se avaliar", garante Janssen.
Um alerta

O professor que se atém ao comportamento do estudante e o rotula acaba tendo uma atitude prejudicial. O agressivo e conversador sempre tende a ser visto dessa maneira. Assim como o atencioso e comportado. Por isso, não classifique seus alunos como se eles fossem sempre do mesmo jeito, com hábitos imutáveis — e, o mais importante, incapazes de se transformar. O ideal é tentar entender por que se comportam de determinada forma diante de uma situação. Rotular não leva a nada.
"É difícil mudar, mas compensa"
Se você acha que é difícil mudar a maneira de avaliar, veja como a consultora Jussara Hoffmann responde às principais dúvidas dos professores.

É possível alterar o paradigma da avaliação diante das exigências burocráticas do sistema? Não é melhor começar por alterá-las?
As exigências maiores do sistema são justamente uma avaliação contínua, o privilégio aos aspectos qualitativos e aos regimes não seriados. É isso o que diz a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. No entanto, não são os estatutos que levam o professor a tomar consciência do significado de qualquer mudança.

O professor não acaba responsabilizado pelo fracasso de alunos desinteressados e desatentos?
O professor não deve ser responsável pelos alunos, mas comprometido com a aprendizagem. Isso ele só faz se estiver atento nas respostas, nas dificuldades e nos interesses de cada um, não se baseando na média do grupo.

Como é possível alterar a prática considerando a existência de classes numerosas e o reduzido tempo do educador com as turmas?
Por meio de experiências educativas em que os alunos interajam. Isso inclui sistemas de monitorias, trabalhos em duplas ou em grupos diversificados. Durante as atividades coletivas, ele circula, insiste na participação de um e de outro. Se a experiência interativa for significativa, o reflexo será percebido nas atividades individuais. O que ele não pode é querer dar uma aula particular a cada um dos 40 alunos.

Um professor desenvolveu um conteúdo e 70% dos alunos aprenderam. Se continuar trabalhando com os 30% restantes ele vai atrasar a maioria?
Não! Se o professor organizar uma atividade suficientemente rica e desafiadora, os 70% estarão sempre evoluindo e ampliando conhecimentos, enquanto os demais poderão construir o entendimento.

Em que medida é possível formar alunos competentes sem uma prática avaliativa exigente e classificatória, isto é, competitiva?
O modelo que vem pautando a escola é o do vestibular, que exacerba a competitividade entre os alunos. Esse modelo só favorece dois ou três numa sala de aula, porque todos os outros são "menos" que esses. A formação de um profissional competente está atrelada à autonomia moral, ao desenvolvimento intelectual, a uma auto-estima elevada. E a competição na escola não favorece isso.

Dá certo substituir as notas por relatórios ou pareceres?
Respondo com outra pergunta. Dá certo relatar a aprendizagem de um aluno por meio de números? Eles são subjetivos e genéricos e não refletem com precisão muitas situações de aprendizagem que ficam claras em pareceres (leia o texto ao lado). Considero a avaliação o acompanhamento do processo de construção de conhecimento. E as médias não permitem isso.
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/avaliar-ensinar-melhor-424538.shtml

I-Quadro das Semelhanças e Diferenças na Educação de Jovens e Adultos e Ensino Regular(Alguns relatos)
Ensino Regular Educação de Jovens e Adultos
• É presencial;
• As turmas não são heterogêneas;
• A avaliação é variada;
• Os professores são desvalorizados em termos financeiros;
• Os conteúdos trabalhados nem sempre são contextualizados;
• Alguns alunos derespeitam professores, confundem amizade com liberdade;
• Frequência conta muito para o aluno concluir o ciclo escolar; • É semipresencial, no caso do EMES;
• As turmas são heterogêneas;
• A avaliação é variada, já existe os bônus em eventos promovidos pela instituição;
• Os professores deveriam ser mais valorizados financeiramente;
• Os conteúdos trabalhados nem sempre são contextualizados;
• Talvez os alunos sejam mais respeitosos para os professores, devido a necessidade (urgência) de conclusão do curso()
• No EMES não precisa de uniforme, nem de frequentar todos os dias;
• Ajuda as pessoas que não tem tempo para estudar;
• Os alunos tem maior contato com os professores;

sábado, 4 de junho de 2011

Errar é aprender - Frejat (ao vivo) com letra

Cidadania se aprende na escola.

Professores e alunos do EMES, preocupados com o meio ambiente, estão confeccionando bolsas retornáveis, utilizando material reciclado.A bolsa rosa foi confeccionada com pano de sombrinha quebrada.Foram utilizados sacos de ração animal, sacos de cebolas, batatas e etc.
Reciclar é a palavra de ordem.


EMES com mais de 700 alunos ao final de mês de maio.

O EMES é uma escola semi presencial.
Alunos estudam até nos corredores,fechamos o mês de maio com mais de 700 alunos matriculados.Passam diariamente pelo EMES em média de 100 alunos.





Alunos surdos colocam mãos na massa

Alunos surdos aprendem a ler, escrever e colocando a mão na massa.Copiaram,leram a receita e fizeram bolo de banana.Estava rechedo de muita alegria e amor.Que delícia!



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Auto retrato feito com folhas e galhos


Muniz é conhecido internacionalmente por criar releituras detalhistas de grandes obras de arte utilizando matérias-primas incomuns. Integram sua obra versões de pinturas de Monet criadas com açúcar mascavo e a Monalisa de Leonardo da Vinci refeita com geléia e pasta de amendoim.

Pedaços d'eu: Lixo Extraordinário (Waste Land)

Pedaços d'eu: Lixo Extraordinário (Waste Land): "Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um ..."

EMES no Seminário de Educação de Rio Bonito/2011

Arte: Vik Muniz

Lixo Extraordinário (2010) - TRAILER OFICIAL