Espaço Municipal de Ensino Supletivo-Rio Bonito-RJ Semi presencial, ensino através de módulo Ensino Fundamental e Ensino Médio
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Entrevista com aluno surdo
• Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque levemente em seu braço;
• Se ela fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objetos. Usar bigode também atrapalha;
• Quando estiver conversando com uma pessoa surda, pronuncie bem as palavras, mas não exagere. Use a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;
• Não adianta gritar;
• Se souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas;
• Seja expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas indicações do que você quer dizer, em substituição ao tom de voz;
• Mantenha sempre contato visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou;
• A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso. Fale normalmente e, se perceber que ela não entendeu, use um sinônimo (carro em vez de automóvel, por exemplo);
• Nem sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela está dizendo, peça que repita. Isso demonstra que você realmente está interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas vezes for necessário para que sejam entendidas;
• Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método.
Depoimento da aluna e mãe de aluno surdo.
Aluno surdo e sua mãe ouvinte, estudam juntos.
"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa.Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos.Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser surdo." Terje Basilier
Comemoração ao Dia da Consciência Negra
Culminância do Projeto Cultura Afro, realizada no dia 18 de novembro de 2010 em comemoração ao Dia da Consciência Negra.
Durante todo o mês de novembro foram feitas pesquisas sobre as raízes da nossa cultura, trazida pelo povo africano. Na música, na dança, nos custumes e na culinária.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Projeto para 2011
Projeto para 2011
Título: Educação & Cidadania-EMES
- Apresentação
" Sou um só, mas ainda assim sou um; não posso fazer tudo, mas ainda posso fazer alguma coisa; e não é porque não posso fazer tudo que vou deixar de fazer o que posso." (Edwald Everett Hale)”
“Com o conhecimento adquirido na escola, o aluno se prepara para a vida. Passa a ter o poder de se transformar e de modificar o mundo onde vive.
Educar é um ato que visa à convivência social, a cidadania e a tomada de consciência política. A educação escolar, além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para o exercício da cidadania. A cidadania é entendida como o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade, e ainda significa o exercício pleno dos direitos e deveres previstos pela Constituição da República.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Isso exige uma reflexão que possibilite compreender as raízes históricas da situação de miséria e exclusão em que vive boa parte da população. A formação política, que tem no universo escolar um espaço privilegiado, deve propor caminhos para mudar as situações de opressão. Muito embora outros segmentos participem dessa formação, como a família ou os meios de comunicação, não haverá democracia substancial se inexistir essa responsabilidade propiciada, sobretudo, pelo ambiente escolar.
A idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania. A educação não pode preparar nada para a democracia a não ser que também seja democrática. Seria contraditório ensinar a democracia no meio de instituições de caráter autoritário.”
Em 2010 desenvolvemos o Projeto Quem sou eu?Quem é você?Quem somos nós, onde focamos a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que significa conhece-los, compreender suas diferenças, demonstramos interesse por eles, conhecemos suas dificuldades e incentivamos suas potencialidades.
Procuramos fazer do Espaço Municipal de Ensino Supletivo, uma instituição democrática, onde a idéia de educação está intimamente ligada às liberdades,democracia e cidadania.
“Ser cidadão é perceber que fazemos parte do mundo. Nossas escolhas e posturas diante da vida afetam não apenas a nós mesmos, mas também a vida de outras pessoas, da comunidade. Assim como as atitudes das outras pessoas também nos afetam.”
"A cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade em dignidade e direitos dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos." (Hannah Arendt)
- Objetivos
2.1 Objetivo Geral
A Educação para a Cidadania visa desenvolver o conhecimento, a compreensão, as capacidades, as atitudes e os valores que ajudem nos jovens e adultos a:
• desempenhar um papel ativo na comunidade (local, nacional, internacional).
• estar informados e conscientes dos seus direitos, responsabilidades e deveres.
• compreender que se pode ter influência e marcar a diferença na sua comunidade.
2.2 Objetivos Específicos
– aprender a ter autoconfiança e comportamentos social e moralmente responsáveis dentro e fora da escola, perante as autoridades e perante si próprios...
– aprender como tornar-se útil na vida e nos problemas que afetam a comunidade.
– aprender acerca das instituições, problemas e práticas da democracia e das formas de participar efetivamente na vida política, o que envolve capacidades, valores e conhecimentos...
3.Justificativa
“(...) todos os seres humanos, apesar das inúmeras diferenças biológicas e culturais que os distinguem entre si, merecem igual respeito, como únicos entes no mundo capazes de amar, descobrir a verdade e criar a beleza. É o reconhecimento universal de que, em razão dessa radical igualdade, ninguém – nenhum indivíduo, gênero, etnia, classe social, grupo religioso ou nação – pode afirmar-se superior aos demais”.
Fábio Konder Comparato (1999)
Do entendimento que se tem da cidadania depende a atitude que se tem e a forma como a incorporamos nas nossas práticas.
O que é a cidadania?
Porque a cidadania é importante?
Onde pode ocorrer educação para cidadania?
Para que serve a educação para cidadania?
Como se aprende a cidadania?
O que distingue a Educação para cidadania?
O que é e o que não é a educação para cidadania?
_ A Valorização da vida em todas as suas expressões:
- Preservação e cuidados com a própria vida e com a do outro.
- Preservação e cuidados com o meio ambiente.
- Luta pela qualidade de vida apesar do contexto adverso e muitas vezes
excludente.
_ Importância do pertencimento como condição para inserção social:
4.Metodologia
Eixos Norteadores para os conteúdos e tratamento metodológico
_ Cidadania
Jovens e adultos como sujeito de direitos e deveres
Valores e atitudes correspondentes à prática democrática de convívio social
Articulação entre projetos individuais e projetos sociais (coletivos)
_ Ética
Reconhecimento e convívio com a diversidade
Diferença como singularidade e crítica às atitudes discriminatórias que geram
desigualdade.
Noção de justiça: diferentes conotações – justiça como valor ético voltado para
o bem comum e a organização do sistema de justiça (o legal e o ético)
Alternância eu/outro, favorecendo a construção da reciprocidade, a
capacidade de se colocar no lugar do outro
_ Identidade
Processo em permanente construção, com momentos de continuidade e
rupturas
Dimensão da identidade pessoal e cultural
Tratamento dos conteúdos
Para possibilitar a apropriação dos conhecimentos propostos, os conteúdos deveram ser organizados em temas e subtemas, em que se propõe um conjunto de atividades
diversificadas e desafiadoras, visando mobilizar o interesse pelas questões
selecionadas. Encaminha-se de formas variadas a interação dos Jovens e Adultos com o conhecimento, em situações planejadas para construir aprendizagens significativas, estimulando o diálogo, a cooperação e a solidariedade.
A organização didática das atividades:
_ contempla os conhecimentos que os jovens e adultos elaboram no cotidiano como
ponto de partida (traz a voz dos jovens);
_ problematiza esse conhecimentos, promovendo a reflexão a partir de
diferentes visões do mesmo fato ou valor;
_ propõe interação com novos conhecimentos e informações para possibilitar
ressignificação do conhecimento preexistente e ampliação do repertório
cultural;
_ explora referências concretas do mundo externo para vislumbrar a
possibilidade de pertencimento, perspectivas de futuro.
As situações de aprendizagem prevêem momentos coletivos, individuais e de trabalho
em grupo, buscando garantir momentos individuais de concentração e momentos
coletivos de reflexão e debate.
As dinâmicas propostas visam criar situações que
envolvem o fazer e o pensar sobre a realidade, o autoconhecimento, a expansão da
consciência de si e do mundo – ou seja, instalar conhecimento e reflexão como
continências do agir.
O recorte curricular
I - Educação, uma ponte para o mundo
II - Família e relações sociais
III - Justiça e Cidadania
IV - Saúde: uma questão de cidadania
V - Trabalho
Seleção de conteúdos
I Educação, uma ponte para o mundo – propõe que os jovens e adultos, por meio de
vivências e atividades diversas, reconheçam e valorizem os diferentes espaços
de aprendizagem, particularmente o da escola e percebam as possibilidades de
transformação advindas de um maior contato com ela. Organiza-se em:
Aprendendo em diferentes espaços; Aprendendo na comunidade; A escola é
realmente importante?; A escola como espaço de aprendizagens; O
conhecimento está sempre se transformando: retomando a história pessoal.
II Família e relações sociais – questiona e problematiza as idéias e noções de
famíia existentes entre os alunos, considerando que há uma realidade social,
ampla e complexa, que abarca diferentes experiências do viver que se
expressam nas muitas formas como as pessoas se juntam, formando famílias e
grupos de convivência social. Organiza-se em: Família, o que é família?; A
família sempre foi assim?; Família: para que família?; Família: lugar de afetos
e desafetos; Um sonho de família.
III - Justiça e Cidadania – discute com os jovens e adultos, noções de ética, justiça e cidadania, por meio de atividades envolvendo regras de convivência, dilemas relacionados a justiça e injustiça, relação entre direito e responsabilidade, cidadania etc.
Divide-se em: Justiça é um dever ético; Falando de direitos e responsabilidades;
A cidadania em movimento; Alçando outros vôos: apontando para um projeto de vida.
IV- Saúde: uma questão de cidadania – Busca construir a compreensão de que
nosso corpo é um todo integrado em interação com o meio e de que ele
necessita de cuidados para não romper seu equilíbrio.
Aborda a reprodução e a sexualidade, nos seus aspectos biológicos, psíquicos, culturais e sociais.
Trata das DST/AIDS e do problema do uso das drogas, privilegiando a reflexão sobre o papel que elas assumem na vida dos jovens e adultos e possíveis alternativas que os ajudem a enfrentar tais turbulências. Está dividido em duas grandes unidades:
UM CORPO TÃO HUMANO, que engloba os subtemas: O corpo nosso de cada dia e
Todo cuidado é pouco; VIDA: PRAZERES E ESCOLHAS, com os subtemas: Crescer e
aparecer; Mulheres e homens; Encontros: ficar, namorar, transar, sair,
badalar…
Lei Maria da Penha
V- Trabalho Propõe o estudo da organização dos trabalhadores e suas
conquistas, a discussão do sentido dos direitos e deveres estabelecidos no
“Estatuto da Criança e do Adolescente”,”Estatuto do Idoso” a reflexão sobre um projeto de vida profissional, dentro de um contexto social mais amplo, levando em conta
organizações estatais, não-governamentais ou de trabalhadores que podem
auxiliá-los; estimula o jovem a falar e refletir sobre suas experiências de vida
com o trabalho; por meio de atividades, incentiva o aluno a se colocar no lugar
do “outro”, considerando valores e realidades sociais mais amplas.
Está organizado nos subtemas: O que é trabalho?; Trabalhador em construção; A
organização dos trabalhadores e suas conquistas; O trabalho atualmente; Eu e
o trabalho
Temática das Oficinas Culturais
I -
5.Avaliação do Projeto
A implementação de uma proposta experimental e inovadora, como a que se pretende
por meio deste Projeto, requer de todos os envolvidos e comprometidos com sua
execução (educadores e profissionais que atendem diretamente os jovens e adultos) esforços não triviais, na criação das condições necessárias para seu desenvolvimento, bem como no seu acompanhamento e avaliação.
Particularmente em relação a este último aspecto, cabe lembrar que a avaliação de
políticas e programas sociais é de extrema relevância, não apenas para aferir seus
resultados ou impactos, mas principalmente como instrumento imprescindível de
gestão e de compreensão das relações que se estabelecem entre as instâncias
organizacionais, os distintos recursos de apoio disponibilizados e as características dos agentes do processo de implementação.
Nessa perspectiva, uma proposta de acompanhamento do Projeto não deve ocorrer de
forma “externa”. É necessário que os sujeitos envolvidos participem e se apropriem
do próprio fazer avaliativo. A avaliação aqui proposta guarda características
participativas, tendo como eixo metodológico o envolvimento e a participação dos
formuladores, dirigentes, educadores, jovens e adultos e outros profissionais das do EMES em sua realização, devendo incidir nas próprias formas de implementação
do Projeto e nos seus resultados.
Além de compreendido como exercício de um direito democrático de controle sobre
ações sociais públicas, o processo de acompanhamento é concebido numa perspectiva formativa.
Em outras palavras, acredita-se que o modo como a avaliação é conduzida e sustentada traz em si um potencial transformador, para proporcionar a todos os envolvidos elementos de reflexão e aprimoramento de suas concepções e práticas. Assim, é importante ressaltar que, num processo que visa redirecionar o curso das
ações durante sua implementação, todos devem ser avaliadores.
Os objetivos da sistemática de avaliação aqui proposta são:
· construir e aperfeiçoar instrumentos e procedimentos, inclusive os já utilizados
Pelo EMES em ações de acompanhamento e avaliação;
· identificar fatores facilitadores e dificultadores no desenvolvimento e nos
resultados do Projeto;
· ajustar, se necessário, o curso das ações durante o processo de implementação do
Projeto, fornecendo subsídios de diferentes naturezas;
· avaliar , sistematizar, disseminar e publicar experiências inovadoras relativas ao
Projeto;
· contribuir para a necessária prestação de contas aos sujeitos
envolvidos e aos beneficiários, sobre prioridades políticas e resultados alcançados;
· ampliar a efetividade do Projeto, enquanto proposta socioeducativa;
· divulgar ações e resultados do Projeto, incentivando e fortalecendo um clima
favorável à discussão de programas socioeducativos e, ao mesmo tempo, buscar
alternativas de atendimento as alunos.
6.Cronograma do Projeto
7.Bibliografia
“sermelhor.com”
Educação para a cidadania: o conhecimento como instrumento político de libertação(Roberto Carlos Simões Galvão”
: http://www.webartigos.com/articles/10791/1/Educacao-e-Cidadania/pagina1.html#ixzz17L0KHq6L
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária