A emoção e o avançado da hora não permitiram que fosse feito este discurso na formatura do EMES em 2012
"É com imenso prazer e satisfação que
estendo boas vindas a todos os presentes nesta noite, que para muitos de nós é
a mais importante de nossas vidas.
Lúcio Aneu Sêneca, um filosofo romano do
primeiro século disse:
“Quando o homem não sabe para que porto está rumando,
não importa para que lado sopra o vento, pois nenhum deles lhe será favorável.”
Muitos em nossos dias tem ficado como ondas num mar revolto, impelidas pelo
vento e lançadas de um lado para o outro. Mas, onde encontrar um caminho? Como
descobrir a melhor jornada a ser implementada?
Para alguns aqui presentes a resposta
talvez seja óbvia: Educação! E se isso for realmente verdade, a questão se faz
perguntar: O que está envolvido neste ato educativo? Para Paulo Freire,
“construir, reconstruir, constatar para mudar, o que não se faz sem abertura ao
risco e à aventura do espírito”.
É isso que nós estamos tentando agora. Esse é
mais um passo em direção à atitude política e filosófica responsável pela
mudança dos quadros pré-estabelecidos, mudança esta avidamente procurada por
homens como Paulo Freire, mas também procurada por nós e procurada por vocês.
O dia hoje é de festa. E
como toda boa festa devemos agradecer ao principal responsável por
essa vitória: o nosso Grandioso Deus.
Nesta noite na qual nos
reunimos para celebrar uma conquista, não apenas particular, de cada aluno, mas
coletiva, com muitas pessoas participantes, lembramos da frase do poeta
português Fernando Pessoa,“Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, que nos ensina a encarar os desafios com o espírito
elevado, com a alma grande, maior que o obstáculo, mais forte do que
imprevisto, mais alta que o próprio desafio.
O desafio do EMES, uma escola diferenciada, heterogênea que evoluiu com o
passar dos anos. Alunos que não nutriam o mínimo interesse por aprender, hoje
sonham com a faculdade.
Outros tantos que mantiveram o
alto nível de aprendizado e absorveram o máximo de conhecimento quanto puderam,
alguns outros que escolheram se contentar com pouco, mas... a vida não é feita
de escolhas?
Parabenizamos os alunos e alunas que chegaram até aqui e escolheram o melhor pras suas próprias vidas: o exercício da disciplina, a valorização das amizades e da camaradagem, através de atividades intra e extra escolares e o convívio respeitoso com todos.
Parabenizamos os alunos e alunas que chegaram até aqui e escolheram o melhor pras suas próprias vidas: o exercício da disciplina, a valorização das amizades e da camaradagem, através de atividades intra e extra escolares e o convívio respeitoso com todos.
Ensinamos que reclamar é saudável, mas com elegância e
respeito ao reclamado, sem baixarias nem movimentos subterrâneos, escondidos da
luz da superfície. Mais do que matemática, química ou física, Inglês, Português
ou História, é necessário desenvolver valores que ensinem para a vida, não
apenas para ser aprovado em um vestibular, para ressaltar o que orienta o
Espaço Municipal de Ensino Supletivo, que preza pela Educação para a Vida.
Para chegar até aqui, foram necessários vários esforços conjuntos, não só dos alunos, mas de professores, da equipe de direção, funcionários e principalmente, seus familiares. Hoje, orgulhosamente, estão concluindo o Ensino Médio, diante de tantas testemunhas.
Para chegar até aqui, foram necessários vários esforços conjuntos, não só dos alunos, mas de professores, da equipe de direção, funcionários e principalmente, seus familiares. Hoje, orgulhosamente, estão concluindo o Ensino Médio, diante de tantas testemunhas.
Chegamos ao EMES em fevereiro de 2006,
encontramos uma escola ainda menina, criada em 19 de novembro de 2003, na época
com pouco mais de 300 alunos. Ainda sem nenhuma publicação em Diário Oficial
de concluintes do ensino médio.
Hoje deixamos o EMES, com 1352 alunos matriculados
até novembro, 548 alunos concluintes com suas publicações em D.O e com seus
respectivos certificados, e até
ontem mais 60 concluintes do corrente
ano, aguardando a publicação em D.O, para receberem seus certificados.
“É preciso sonhar, mas com a condição de
crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a
observação com nosso sonho de realizar escrupulosamente nossas fantasias,
sonhos, acredite neles”.Assim dizia Lênin.
Mas, o que temos feito para realizar
nossos sonhos?
Permita-me contar-lhes uma pequena estória:
“em um certo lugar distante existia uma cidade e próximo dela residia um sábio
muito famoso por seus conselhos e conhecimentos. Residia, porém na cidade uma
menina muito sagaz, que na sua sabedoria adolescente resolveu desafiar o sábio.
Disse ela aos seus companheiros de folguedos: ‘Vou vencer o famoso sábio.
Levarei uma pequena borboleta em minha mão e perguntarei ao sábio: ‘Sábio, a
borboleta em minha mão está viva ou morta?’ Se ele me responder: ‘Está viva!’
Eu a esmagarei em minha mão. E se ele disser: ‘Está morta!’ Eu abrirei minha
mão e a borboleta voará invicta e ele terá errado! E se pôs a menina em direção
à casa do sábio. Lá chegando, perguntou-lhe: ‘Sábio, a borboleta em minha mão
está viva ou morta?’ E ele, fitando a menina e com toda sua sabedoria
respondeu: ‘A resposta está em suas mãos’”.
Colegas, senhores componentes da mesa,
senhores concluintes, pais , filhos e demais presentes, a mudança do que está
imposto depende unicamente do posicionamento de cada um de nós como membros
ativos da sociedade. E, se não julgarem pretensão minha, reflitam sobre essa
pequena estória. E lembre-se, a solução pode estar em sua mão!
(Obrigado!)
(Obrigado!)
Professora Suely Nunes de Paula
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